Sinopse do Livro "Uma Vida e Mais 99 Anos

Temos de prestar mais atenção ao tipo de indivíduo que possui determinada doença do que na doença em si!

Recomendações aos filhos... Dos Pais!

Refleão sobre o Dia dos Pais.

O que é o Perdão e como posso perdoar?

Um outro modo de ver e pensar as coisas...

A Rebelião contra as Redes Sociais!

Compartilhe! Uma refleão sobre o impacto das redes sobre a educação.

Conheça o cenário onde a história acontece

Viaje por Araçatuba e Birigui nas páginas do livro.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

A Rebelião contra as Redes Sociais

Redes Sociais - Blog do Asno
Este texto é extenso e é uma reflexão pessoal sobre a educação em meu país. Eu sou educador e conheço minhas responsabilidades. Sou educador por que sou pai e não professor! São coisas absolutamente distintas e eu jamais permitiria que um professor educasse minhas filhas. Também é uma reflexão quanto aos avanços tecnológicos dos últimos tempos e seu impacto na educação. Sou uma das pessoas mais entusiasmadas com a tecnologia e já sonhei em realizar projetos que tornassem a vida das pessoas melhores. Porém, existe uma abismo entre o que as pessoas necessitam e o que elas querem de fato. Poderíamos estar vivendo ao menos cento e cinquenta anos a frente se Rudolf Diesel, Nikola Tesla, Paul Pantone, Eugene Mallove, Stanley Meyer e tantos outros nomes fossem mais discutidos nas universidades e seus trabalhos não tivessem sido desprezados. Estou longe de acreditar na existência de uma rede conspiratória porque há outras razões para que esses nomes sejam desconhecidos atualmente.

Especificamente, escolhi registrar sobre o uso de uma tecnologia muito popular atualmente: o Facebook! Tenho de fazer uma correção antes por que, pelo meu histórico, haverão muitos acreditando que sou crítico desse instrumento. Estão errados! Acho as redes sociais uma revolução. São excelentes ferramentas para Networking, aproximar pessoas de soluções, e até como vantagem quanto ao tempo e o custo que podem economizar. As redes realmente são o que as pessoas fazem delas e esse é o fator que as torna uma ameaça a felicidade de seus usuários. Conheço pessoas que mudaram de vida e conquistaram uma liberdade financeira apenas por utilizarem melhor as redes e também conheço pessoas que reconstroem um estado de frustração todos os dias apenas ao acessar seus perfis. Em resumo, as redes, como o Facebook, não são boas ou más, o uso delas pode trazer satisfação ou desilusão. Por alguma razão exótica, a maioria das pessoas escolhe se destruir dia após dia.

Excluindo-se as pessoas que fazem das redes sociais o seu ganha pão, não é necessário muito exercício racional para perceber que quanto mais uma pessoa mergulha nesse oceano de vazio existencial, mais frustração acumulam. Suas vidas se tornam diluídas em uma ilusão de realidade onde cada um tenta fazer do seu momento um registro de falsa felicidade. A vida com as redes poderia ser muito mais simples e prazerosa. Consigo ver uma esposa que auxilia seu marido perdido no centro de São Paulo a encontrar seu destino apenas com a ajuda do Whatsapp. Vejo tantas coisas maravilhosas que um simples celular é capaz de fazer para melhorar a vida das pessoas, porém, vejo as pessoas cada vez mais infelizes com tanta praticidade ao seu alcance. É a falta de educação que nos condena a essa armadilha. Nem os cientistas da atualidade estão mais preocupados em melhorar a vida das pessoas. Seus projetos agora são voltados a responder a esse consumo ávido de ilusões. Não se projetam mais veículos de baixo custo que não agridem o meio ambiente. O foco agora são os instrumentos que facilitam a comunicação das pessoas. E como é essa comunicação hoje? Uma aberração jamais pensada pelos futuristas mais pessimistas como Adous Huxley ou George Orwell.

Destruindo a linguagem, aniquilamos o pensamento. Aniquilando o pensamento, destruiremos a raça humana. Não será uma catástrofe que nos apagará desse mundo. Será nossa incapacidade de nos comunicar... Por excesso de comunicação!! Desisti de ser professor por que entendi (e não sou o único), que o sistema educacional contemporâneo está emburrecendo os alunos. Mesmo com tudo o que aprendemos sobre o funcionamento do cérebro humano (e ainda é pouquíssimo), existem pedagogos abestados que querem trazer para a sala de aula as redes sociais, a internet, o tablet... Isso não é avanço! É criar um muro de dependência, matar a criatividade, construir uma sociedade colmeia e, dessa forma, sim, patrocinar um mundo onde uma elite domina toda uma massa. Não existe (ainda) um grupo de pessoas más conspirando para que todos sejam burros para que ao final possam dominar tudo... As pessoas estão fazendo isso a si mesmas. Estão construindo os muros físicos da própria prisão que já existe emocionalmente.

Nossa existência nesse mundo se resume a aproximadamente 631.756,8 horas. Sobre um terço disso, cerca de 210.585,6 horas não temos controle algum por que é o tempo que dedicamos ao sono responsável pela manutenção do nosso cérebro. Do restante, uma absurda fração das 421.171,2 horas, nós trocamos por dinheiro por que é o tempo que vendemos a um empregador. Numa situação normal, e para uma mulher, seria equivalente a 263.232 horas que ela também não possui controle algum, pois vendeu esse tempo a alguém. Adicione-se a isso o tempo dedicado as tarefas domésticas, a própria higiene, aos desperdícios diários no trânsito ou filas e chega-se a um total assustador de horas restantes de vida ociosa que poderia ser empregada para a conquista real da liberdade humana, ou seja, livrar-se da necessidade de estar presa a um ciclo sem controle. E é exatamente nessas horas restantes onde se gasta, pelo menos, 30% em relações improdutivas nas redes sociais, outros 20% (senão mais) em programas inúteis da televisão e talvez mais uns 40% na dedicação a atividades que não agregam nada de fato, como preocupar-se com os outros. Isso em nada ajuda aos "outros" também.

Tempo e Cérebro são os dois patrimônios mais preciosos de que dispomos. Parte do nosso tempo nós vendemos por que não capacitamos nosso cérebro. Parte importante do nosso tempo é dedicado as "atualizações" em perfis e compartilhamentos sem reflexões. Nesse ponto retorno ao fator educação por que as crianças atuais são como as de todas as eras, ou seja, copiam os hábitos dos adultos. Se uma criança vê sua mãe (ou pai) passar mais tempo com os dedos sobre um ecrã de um celular do que folheando as páginas de um livro, que tipo de adulto estarão os pais modelando? Se um professor estimula seus alunos a realizarem pesquisas em telas de computador e a digitar as informações para gravar em um disco rígido de computador, qual será o aprendizado real que o aluno obterá em seu cérebro? Nosso cérebro retém informações quando as gravamos nele e isso se obtém com a leitura e a escrita (manual!). Por que alunos que sempre obtiveram notas excelentes durante todo o tempo em que estiveram se preparando nas escolas são reprovados no vestibular e na vida profissional? Por que apenas se preparam para as provas, mas não experimentam o conhecimento de fato. As redes sociais também causam uma crise na identidade das pessoas. Quem somos de fato, já que precisamos ser tantas personagens expostas ao público? Por que, afinal, é tão importante que a minha rede saiba como acordei, como estou me sentindo ou o que estou sentindo? Que personagem sou hoje quando acordo e tenho necessidade de fazer um post?

Não há nada de ruim em se ter um celular, pelo contrário! Não há nada de ruim em se possuir contatos e estar conectado a eles, mas por que realmente o indivíduo sente essa necessidade? É o vazio... A lista de objetivos de uma pessoa viciada em redes sociais, por exemplo, é subjetiva! É mais fácil diluir-se no oceano que ser uma gota única. Ser extraordinário ou diferente parece ser solitário e isso assusta muita gente. É um medo tolo, pois é impossível estar só ou realmente ser solitário nos dias atuais. Geralmente solidão sentem as pessoas que, mesmo rodeadas pelos outros, não se encaixam no contexto, só que isso é muito fácil de solucionar. Difícil é resolver a solidão das pessoas dependentes de uma rede social para se sentirem menos ansiosas. Sua felicidade é uma lâmpada que se apaga quando se sai da rede e depois se acende no retorno. Isso não é felicidade. É ilusão de alegria!

As evoluções tecnológicas não foram bem administradas por nós. Não estamos mais inteligentes e nossa vida não se tornou melhor graças a elas, apenas estamos incrivelmente mais ocupados em virtude da incapacidade de melhor nos servirmos delas. Dificilmente essa reflexão irá mudar a opinião de quem já está dependente de uma dessas redes. Mas, ainda assim, eu faço um desafio a quem teve a disposição de ler esse registro até o final: fiquem três dias sem usar nenhum desses instrumentos, utilizem o celular apenas para sua função precípua, desliguem a televisão assim que o seu programa preferido terminar e descubram o que fazer (de melhor) com o tempo que lhes restará. Com certeza, alguém mais criativo decidirá ter um momento de diálogo com alguém de seu círculo de afeição e isso resultará em algo mais prazeroso do que a degeneração da linguagem habitual nas redes. Não vale ficar olhando o celular enquanto se está dialogando, isso é um insulto para o interlocutor, mesmo que este também seja um viciado em redes.

Publicado originalmente no Blog do Asno.

sábado, 8 de agosto de 2015

Recomendações aos filhos... dos Pais

Dia dos Pais - Blog do Asno
Há em nossa língua um substantivo masculino com apenas três letras, sendo duas vogais e uma única consoante. Tem seu significado abrangente para contextos diferentes, mas é muitas vezes uma das primeiras, quando não a primeira, palavra que aprendemos a pronunciar. Trata-se da palavra "Pai". É das mais fáceis em nossa pronúncia depois de "mama" e das mais emocionantes de se ouvir quando sai de lábios ainda tão pequenos e inocentes quanto os dos nossos filhos que a aprenderam antes mesmo dos primeiros passos. Do sentido da palavra "pai" podemos extrair outras propriedades. Dele podemos derivar outras palavras como "lealdade", "dedicação", "rigor", "disciplina" e "abnegação". Há 15 anos não posso permitir esse prazer ao meu pai já falecido de maneira trágica. Dizem que o tempo abranda as memórias ruins... Besteira! Apenas estanca o pranto e cicatriza o corte traumático. Porém, há outras coisas que a memória nos proporciona. No meu caso, guardo muitas! É fácil recordar cada detalhe especial do tempo que tive meu pai em minha vida.

Se eu simplesmente fechar os olhos e silenciar tudo a minha volta, consigo recordar o som dos seus passos dentro do nosso antigo lar. Passos calmos quando preparava o café para minha mãe, passos ligeiros quando se preparava para o trabalho e passos pesados quando me perseguia com um cinto na mão! Os mesmos passos também poderiam ser interrompidos por fortes dores quando chegava do trabalho e me via distraído sozinho com uma bola no quintal. Nessa hora, um esforço adicional dominava seus músculos e o obrigava e ensaiar alguns desajeitados chutes para me consolar. Lembro com facilidade também dos diversos aromas que o acompanhavam. O cheiro do suor forte após o tenso labor e o aroma do tabaco nos dedos robustos que preparavam o palheiro que serviria para relaxar depois do exagerado esforço diário para garantir o sustento do lar. Há outras recordações, é claro! Porém, são na maioria eventos que nós, enquanto filhos, nos esquecemos ou até desconhecemos pelo que os nossos pais tiveram que passar por nós.

O meu tempo de filho já terminou, já o meu tempo de pai... Me considero um privilegiado por ter recebido a honra de conhecer o significado dessa palavra ainda cedo e em tempo de reconhecer tudo o que meu pai representou para mim. Na ocasião em que entendi o que significava ser pai ele estava ao meu lado olhando comigo através de um vidro transparente a criança que dormia tranquila ainda no berço da maternidade. Era sua primeira neta e minha primeira filha. Todas as nossas diferenças enquanto pai e filho dissiparam-se inexplicavelmente. Um passou a respeitar e honrar ao outro. De novo eu assisti ao meu pai repetindo o que sempre havia feito por mim e entendi que uma força invisível nos obrigava a sermos provedores da nossa descendência custasse o que custasse. Foi incrível ouvir pela primeira vez a palavra "pai" escapando de uma boquinha tão pequena com um sorriso tão agradável. É uma experiência idílica! Depois disso, ouvir essa palavra novamente era como ouvir um mantra ordenando-me a submissão a todas as necessidades das minhas filhas.

Quando eu ainda era infante, meu pai significava uma fortaleza, um ancoradouro, uma rocha onde eu podia me esconder de qualquer coisa que me assustasse. Assim ele se tornou o modelo que eu quis seguir. Hoje eu sei que por trás daquela ideia de fortaleza havia uma fragilidade imensa, uma necessidade de aprovação inimaginável. Filhos passam muito tempo acreditando que gastam muita energia para ganhar o apreço e a aprovação dos pais, quando na realidade é justamente o oposto! Ainda guardo uma pequena lata toda enferrujada, mas que ainda é possível ler a mensagem nela escrita: "PAI, UMA LIÇÃO DE AMOR, UMA LIÇÃO DE VIDA". Vejo essa inscrição várias vezes por dia e em todos os dias e sei muito bem o que ela significa... Significa que ainda levará um tempo para que o meu papel como pai termine e que até que ele seja cumprido, minha missão é tornar-me o justo modelo e a perfeita referência necessária. Não o que minhas filhas esperam de mim, mas o que elas precisam de fato.

Aos pais, não se recomenda esperar recompensas, pois pode ser que ela surja até mesmo na forma do esquecimento. A glória dos pais não está na gratidão, mas sim, na vitória dos seus descendentes. O amor terno e puro de um pai significa a renúncia de si mesmo para ser a referência e não o protagonista. Não mais existimos para "sermos" e sim para cumprirmos com nossa tarefa sagrada. A todos os meus amigos que já são pais e também aqueles que não conheço, mas que se identificam com essas palavras, meus sinceros cumprimentos neste que não é dos mais importantes dias do ano (perde feio até para o dia de Finados!), e minhas recomendações a todos os filhos e filhas dos pais. Nilson Alves de Souza

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

O retorno de um inimigo...

O Pior Inimigo - Arthur Sena Rios
Eu já havia me esquecido dele... Não pensava em sua influência como não pensei desde seu último ataque. As circunstâncias não mudaram. Esse inimigo tem formas variadas de atacar e sempre procura fraquezas em meu DNA. Enfrentei-o sozinho da última vez e o farei novamente. Da última vez, custou-me um dinheiro que eu não tinha e um tempo de que eu não dispunha. Preocupou algumas pessoas, eu sei... Também fez com que eu negligenciasse outras afim de não envolvê-las. Sou egoísta demais para aceitar que alguém se ocupe em pensar em meus problemas ou motivos para a solitude. Meu inimigo veio mais calmo dessa vez e numa roupagem mais amistosa, quase como um convite para um encontro pacífico! Porém, sei que ele retornou para uma segunda batalha e só me resta enfrentá-lo com a mesma altivez e arrogância da última vez. Tenho garantias da medicina de que minhas chances são maiores dessa vez e se eu o havia afrontado com desprezo em sua última visita, não será diferente agora. Essa batalha é só minha e também seu desfecho me pertence. É um direito que não compartilho com mais ninguém.

Um blog é um diário, dizem... Terapeutas recomendam o uso desse instrumento para várias finalidades. Sou avesso a terapias, mas sou viciado em escrever. Um blog é uma maneira de conversar quando se está só. De qualquer modo alivia bastante a vida de alguém, cujo vício é a escrita. Talvez registre cada episódio deste confronto, talvez escreva mais depressa o trabalho a que tenho me dedicado, a continuação de "Uma Vida e mais 99 Anos". Seja qual for o resultado, sairei vencendo...

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Quer Ganhar um Livro? Participe da 2º Edição da Campanha do Asno

Livro Gratuito - Ganhe um Livro - Um Asno
Nesta semana, assinei meu contrato com a editora Selo Jovem que ficará encarregada da produção e distribuição do meu último livro a partir de 2015. Só tenho a agradecer pelo trabalho de editoras e livreiros anteriores, mas, como não carrego pretensões para estar inserido no universo literário, prefiro que alguém cuide com mais carinho de mais este filho rebelde que coloquei no mundo. A previsão de todo o trabalho é aproximada em seis meses e a partir daí, será mais fácil encontrar meu filinho nas livrarias! Há dois anos, eu brindei alguns participantes do Blog do Asno com uma camiseta personalizada e duas canecas e a exemplo do que fiz em 2013, repetirei a mesma campanha para estimular a participação de leitores do blog acrescentando ideias e ajudando a construir um debate inteligente acerca de tudo que nos afeta, seja na política, ou em quaisquer outras áreas. Para participar, basta deixar comentários aos artigos de maneira que estimulem um debate acerca do que foi registrado. O endereço é este: www.umasno.com.brÀs 21h do dia 31 de março de 2015, quando o Blog do Asno completará 03 anos no ar (!!!), darei 3 exemplares do meu último livro "Uma Vida e Mais 99 Anos".

O livro em questão é um romance policial, cuja proposta é mostrar que existem cidades que podem encantar e revelar histórias de amor, aventura e mistério sem que seja necessário o encanto ou a idade avançada das grandes metrópoles. Nessa história, o leitor pode identificar que existe um aventureiro, desbravador corajoso e investigador determinado em cada um de nós que habitamos anônimos esses pequenos centros. A história extraordinária acontece o tempo todo diante de nós. Nós a vivemos e sentimos todos os dias, mas não percebemos o quão fantástica ela pode ser e procuramos em estantes empoeiradas outras que pareçam mais interessantes ao nosso gosto pessoal. Nada contra os zumbis e vampiros que brilham ao Sol!! Araçatuba e Birigui são duas cidades do interior paulista que se tornaram o meu palco para essa história policial. O cenário não poderia ser melhor: duas cidades do interior com suas peculiaridades e charme próprios. Esse é o brinde que posso oferecer, de coração, aos meus leitores e críticos sinceros.

Entrarei em contato com os três participantes mais ativos para marcar a entrega pessoalmente (ou através do Correio para os mais distantes!) de uma edição capa dura para o primeiro e duas edições em formato tradicional para os outros dois. Sei o quanto é difícil para muitas pessoas exporem suas opiniões e por isso acho que devem ser condecoradas de alguma forma. Porém, como não disponho de condições para uma premiação mais honrosa, ofereço essas lembranças àqueles que me ajudam a conduzir este sítio para um estágio melhor. O Blog do Asno já dispõe de um programa que realiza o acompanhamento dos comentários e sugestões, porém, ele exclui automaticamente os "Anônimos" na pontuação. Para participar da Campanha de Incentivo ao Debate "Leve Um Asno para sua Casa 2ª Edição", basta que correspondam às Regras do Blog em vigor desde o dia 10 de outubro de 2012. Porém, o objetivo é fazer com que as pessoas contribuam com críticas ou acrescentem pontos de vista que venham a formar um debate construtivo.

Por tudo isso, convido aos leitores que me acompanham também no Blog do Asno a, de vez em quando, ousar ler também os artigos antigos (estão disponíveis no Aquivo do Blog localizado na coluna da direita), para formarem um quadro de tudo o que podemos agregar em termos de ideias e argumentos. Outros assuntos farão parte do blog, até porque, ler e analisar é uma atitude que cabe a qualquer assunto. Dou aos leitores deste site e daquele blog os meus mais sinceros agradecimentos pela graça de terem me acompanhado por todo esse tempo. Jamais acreditei que tanta gente se interessaria pelo registro que faço sobre o que sinto ou penso. Espero que desfrutem, participem e recomendo que convidem outros para o debate a fim de melhor contribuir para a construção de boas ideias. Abraços sinceros a todos.

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

O que é o Perdão? Quem e como perdoar?

O que é o Perdão - Arthur Sena Rios
Nesta semana me fizeram três perguntas quanto ao meu ponto de vista sobre coisas que muitos opinam, mas poucos falam por experiência própria. Três pessoas, uma com idade mais madura e dois outros jovens curiosos. Meu instinto ogro geralmente age no automático e acabo sugerindo para que peçam a opinião do Google, mas considero injusto não responder a pessoas autenticamente interessadas. Pois é... Tem gente que acha saudável me pedir opinião sobre alguma coisa! Esse é um mundo fanfarrão mesmo! Vou tratar, nesse artigo, de responder a primeira pergunta e deixar as outras duas para outra ocasião. Nem preciso recomendar que se trata de meu ponto de vista, pois, quem dedica alguns instantes para ler o que escrevo sabe que se trata de minhas reflexões e não o espelho da opinião corrente. A pergunta é essa: "O que é o Perdão e como eu conseguirei perdoar alguém que me machucou muito?".

Ora! Não é uma resposta curta... Não por que o perdão seja algo muito complexo para se entender ou de se explicar. Longe disso! É simples demais, porém esbarra em muitos paradigmas e preconceitos que dificultam a aceitação do processo. Parte dessa culpa recai sobre as religiões que nunca entenderam de fato o significado do perdão e acabaram contaminando o entendimento da maioria. O resultado que temos é uma confusão de conceitos e a falsa, repito, falsa ideia de que perdoar é esquecer! Quando analisamos a origem da palavra empregada nas falas daquele que daria origem ao que chamamos de Cristianismo, percebemos o equívoco! Tal como estava originalmente na tradição cristã e nas palavras do próprio Yaohushua (ou o latino, Jesus, se preferirem), Metanoein tem muito mais sentido que o empregado e "pregado" na atualidade. Metanoein é uma referência de que o indivíduo precisa mudar a maneira de pensar sobre algo. É uma transformação muito mais sofisticada do que a perversa palavra arrependimento que as religiões costumam associar. Isso acabou se firmando em nossas mentes por causa de uma cultura estúpida contra o ato de errar.

O erro é um elemento presente em qualquer processo de aprendizado, mas nós aprendemos a condená-lo. Isso nos levou, em seguida, para um estágio onde teríamos de aceitar que alguém fosse o possuidor de uma verdade absoluta sobre as coisas e que, para não errarmos, era preciso apenas que seguíssemos a orientação desses iluminados. Quanto retrocesso poderia ter sido evitado! Nossa humanidade já estaria em estágios muito mais aperfeiçoados se não fosse por essa interferência. Para os menos atentos é melhor fazer uma distinção! Vou explicar que existem erros (escolhas erradas que fazemos e assumimos suas consequências) e há delitos (ações propositais com a finalidade de "ferrar" outros, ou nos garantir vantagens). Erro é um fator de conhecimento do quanto estamos fora da rota que queríamos seguir. Trata-se de um indicador severo que devemos sempre analisar, conhecer e, por consequência, usar como referência no percurso de modo a nos garantir que não cometamos o mesmo erro. Delito é uma afronta, um desvio de caráter que fere não só a uma ordem estabelecida e acordada, como também se baseia na ideia de que "eu mereço mais", em detrimento de outros.

Erramos querendo acertar e quase sempre colocamos a culpa nos outros! Mas, a verdade é que erramos por que não sabemos direito o que queremos! Ignoramos que primeiro precisaríamos nos conhecer, traçar nossos propósitos em acordo com nossas habilidades, entender e corrigir nossas fraquezas e só assim nos desenvolvermos com satisfação. O erro é a maior prova de que não necessitamos de iluminados a nos guiar. É o verdadeiro senhor da sabedoria, nosso mestre rigoroso e justo! Com ele aprendemos quão penoso é o percurso quando se desconhece o itinerário. Somos e sempre fomos nós os engenheiros do itinerário. Aceitemos isso ou permaneçamos acorrentados a ideia de que os eventos é que nos conduzem e que devemos apenas reagir a eles sem influenciar no seu fluxo. Sem compreender a dinâmica do erro não lograremos compreender o perdão por um erro cometido!

Às vezes erramos por que queremos encurtar o percurso e fatalmente o erro nos ensina que não há saltos no progresso! Tudo serve a uma harmonia perfeita e tentar romper essas leis dinâmicas que organizam todo o universo é garantia de dor! A cultura negativa contra o erro não afeta a todos e vemos muitos exemplos de pessoas determinadas (vejam bem! nem positivistas e nem pessimistas, determinadas!), que corrigem completamente as distorções de suas vidas e se transformam em modelos gigantes para nosso aperfeiçoamento. Enquanto a maioria de nós está preso a culpa do erro, outros estão renovando seus alicerces e contribuindo para um mundo melhor. Pelo menos em volta deles mesmos! Perdoar está muito longe de ser associado a esquecimento! Primeiro por que é absurdo simplesmente desintegrar de nossa mente eventos que fizeram com que nos tornássemos o que somos hoje, independente de satisfação pessoal ou não! Segundo por que o discurso é muito mais fácil na retórica de um altar ou púlpito do que na vida prática!

Faça um breve exame aí e tente verificar quantos perdões bem-sucedidos você coleciona! Parabéns se nunca sentiu necessidade de perdoar a ninguém ou a si mesmo, Yoda! Mas, a maioria de nós, mortais, enfrentamos dificuldades nisso! E por que? Não admitimos ou percebemos que temos influência, sim, sobre tudo o que nos acontece. Eventos e fatalidades que nos ocorrem são, sim, resultados de nossas escolhas conscientes ou não! Basta observar quanto lixo acumulamos em nossos pensamentos diários. Ah! Mas um instinto de autopreservação automaticamente contestaria: "eu não escolhi o atropelamento que sofri, a morte do meu pai ou do meu filho!". Resposta: também não fez absolutamente nada para mudar seu campo de realidade. Apenas nos deixamos guiar pelo fluxo da vida esperando que ela cuide de manifestar as coisas que nós almejamos sem entender que essa responsabilidade é nossa! Somos assim!

Mas, e aí?? Como é que eu perdoo e quem pode ser perdoado? Independente dos nossos conceitos, não perdoar alguém só afeta mesmo a nossa realidade! O outro alguém estará ocupado apenas com a realidade que é a dele! Ele tentará construir nova rota e se defender convencendo-se de que a culpa era sua mesmo (e pode crer que era!). Exceção apenas  àqueles que tem o fetiche de terem a aprovação de todos sempre. A maioria dos que consideramos nossos agressores emocionais "estão cagando" para o que nos acontece! Portanto, de que vale acrescentar em nossa bagagem emocional os calos e cicatrizes dos eventos? Vamos fazer uma breve associação... Todas as células de nosso corpo estão no presente e necessitam de energia para produzir seu trabalho que é essencial à nossa vida e ao nosso progresso. Desviamos parte considerável dessa energia para ficar remoendo ou armazenando mágoas e ressentimentos por eventos que pertencem ao domínio do passado que jamais poderá ser acessado novamente. É como caminhar na areia do deserto... Você pode até avançar, mas a velocidade foi comprometida!

Se toda nossa energia estivesse destinada apenas ao foco de nossas realizações e a como devemos dar enfoque nelas, nosso progresso seria muito mais rápido e os resultados sempre muito mais satisfatórios. A quem o perdão beneficia de fato? A única pessoa que pode receber o perdão de verdade: você! Perdoar é, acima de tudo, compreender o que nos levou a tal ou qual situação. É reconhecer que somos artífices do caminho que percorremos aqui. Somos arquitetos de cada episódio pelo qual passamos através de nossas escolhas, conscientes ou não! Como podemos mudar isso? Metanoein! E não espere que seja um processo calmo e de pouca resistência. Vai ser osso! Vai doer muito, vai levar a exaustão extrema e vai fustigar cada pedacinho mental que ainda insistimos em esconder nas profundezas de nossa memória!

E qual é a recompensa por nos colocarmos em um processo de natureza tão dramática, então? A verdadeira liberdade! O encontro real consigo mesmo! A leveza do espírito e a conquista da graça que nos pertence de fato. Escolha a desculpa que quiser para justificar o combate! Na maioria das vezes será ilusão mesmo! Perdoemo-nos simplesmente por que não compensa carregar mais bagagem emocional do que nos compete nessa existência. Temos muito a realizar e progredir. Deixemos o que nos atrasou para trás. De qualquer modo nós permitimos ou agimos de maneira a nos machucarmos mesmo. Deixemos ir! Libertemo-nos dessa fuligem mental que intoxica nossa evolução e confunde nossa percepção. Bom combate a todos!

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Mensagem aos Namorados!

Dia dos Namorados - Arthur Sena Rios
Ah, o amor... Essa enfermidade desejada, esse narcótico alucinante, essa doce loucura que ultrapassa os limites físicos e embriaga a alma. Muitos preferem enlouquecer por um amor perdido que jamais ter provado desse saboroso e quimérico licor... Há muitas definições e categorias para o amor, mas no dia de hoje apenas uma assume significado para quem está enamorado. Muitos amantes carregam na memória cada lágrima derramada como se fossem cicatrizes invisíveis a olho nu, mas que nunca se fecham em seu interior. Muitos passam a vida colecionando esse macabro troféu. O amor não é confuso ou complicado, simplesmente é! Umas mulher precisa se sentir segura com um homem e este necessita sentir a apreciação dela. É simples assim, mas não tem quem não se atrapalhe e acabe complicando toda a equação.

Se a resposta para a dor causada por esse carrasco está na bioquímica dos seres, então onde se encontra a pergunta? Por quê? Se é apenas uma trapaça da natureza para perpetuar as espécies, então como amam os animais menores? Porque cabe aos seres humanos o conflito e a dor de uma separação ou ausência, por exemplo? Se terminada a função natural da união entre dois seres, por que resta um vazio em ambos que se afastam? Novamente a Química? Para o inferno os químicos que pensam ser capazes de explicar o amor! Há mais que um arranjo entre moléculas e proteínas. Há a busca pela plenitude, o anseio por não mais sentir-se dividido ou separado de algo ou alguém. Está na raiz de cada mito sobre a queda da humanidade. Amar é sempre cair em queda livre e essa liberdade confere prazer aos que pendem sem asas da mais elevada das alturas.

Hoje é Dia dos Namorados e eu não comprei presente... Comprei um guarda-chuva por que depois que o inverno terminar, sei que a chuva virá com certeza. Quanto ao amor... Haverá sempre um eclipse em meu coração. Hoje também tem jogo... Mas, não importa aos amantes de verdade, pois é Lua Cheia e a Lua abençoa quem está apaixonado. Os amantes sempre acham um modo de emprestar significado às coisas belas. Não há quem resista ao brilho da Lua sem recordar o brilho de um sorriso e um olhar ausente ou distante. Neste dia se espera muito de muitas coisas. Há muitas expectativas tomando espaço nas mentes daqueles que pensam que dia dos namorados tem todo ano, mas abertura da Copa no Brasil apenas Deus o sabe! Copas vêm e vão, amores não retornam! Não como eram antes. Melhores, talvez, mas nunca como antes. Homens apaixonados, sejam namorados todos os dias e nunca permitam que a sua companheira imagine que para você ela não é a primeira coisa que vem a sua mente.

Amem mesmo! Se não fosse para os seres se amarem, existiria apenas um gênero de cada espécie! O amor é uma obrigação. Obedeçam ao comando deste mandamento sublime! Alguns cometem a estupidez de declarar seu amor uma única vez ignorando que esse é um compromisso impossível de cumprir. Outros resistem como bravos heróis egoístas que desconhecem o sentido da vida que é sempre transferir. Quanto a mim... Eu sou egoísta! Amo uma vez apenas e em seguida... Deixo ir! Não sou proprietário de nenhum latifúndio emocional. Não me cabe monopolizar o amor, nem deter o movimento das asas do Cupido.

Aconselho aos homens, por que as mulheres não carecem de sugestões para este dia. Aos homens que estão abençoados pelo privilégio de estar acompanhados, tenham um extraordinário Dia dos Namorados. Troquem os rojões por ramalhetes de flores e se forem presentear com rosas, escolham uma de cor diferente para garantirem que suas companheiras são únicas em suas vidas. Aos que se encontram solitários, lembrem-se de que há muito trabalho para se realizar e que o amor sempre estará em suas órbitas aguardando o melhor momento para aproximação. E aos que optaram pela solidão para permitir que a vida siga, consolem-se por acreditar que não há maior gesto de amor que esse. É ao menos um conforto, ainda que apenas uma ilusão que jamais lhes trará alívio...

Por Arthur Sena Rios

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Começou a campanha do Catarse!

Crowdfounding - Sena Rios
Caros amigos, meu projeto de financiamento coletivo no Catarse acaba de entrar no ar e gostaria de convidar a todos que tenham interesse para que me ajudem ou divulguem entre os seus amigos para que a meta seja atingida. Minha ideia é conseguir ajudar na distribuição do meu livro na rede social e também na região onde moro. Pretendo adquirir um volume de livros que será totalmente revertido para distribuição, seja através de sorteios nas redes sociais, ou simplesmente enviando-os aos apoiadores. Todo o processo é seguro e o dinheiro será devolvido, caso eu não consiga o valor total. É óbvio que não espero que isso aconteça! Gostaria mesmo de contar com o apoio de todos para tornar meu trabalho mais conhecido. Abraços a todos e obrigado pela atenção.

Link para o projeto: http://catarse.me/pt/jacinto

Mais Postagens